6 de abril de 2013

O facebook, o acordo e eu!

É! Isto agora é só facebook, facebook e mais facebook.. E escrever que é bom, nada... Tenho saudades destes exercícios de escrita, de conversa comigo mesma (ou pra quem lê). Caiu em desuso a prática da escrita, é muito mais fácil clicar no "partilhar" do texto/imagem/mensagem de alguém que por acaso apareceu no nosso "feed" de notícias e, por acaso, descreve exatamente aquilo que nos vai na alma nesse dia. Dá muito menos trabalho! Eu confesso que a escrita ultimamente tem me dado um bocadinho cabo da paciência e, talvez por isso, ou talvez não, tenho andado muito preguiçosa no que lhe diz respeito. Agora nunca sei quando é que uma palavra leva acento, quando é que não leva, quando é que fica com o "c" antes de uma consoante, quando é que não fica. Vou lá entender o novo acordo! Preferia o velho! Talvez porque ao longo de anos a fio escrevi assim e um dia quando acordei alguém se tinha lembrado que afinal o povo português não andava a escrever direito. Vamos lá entender a cabeça desta gente. O "facto" ou "fato" é que daqui a poucos anitos vamos ter todos que saber escrever direitinho, seja lá o que isso signifique! Adaptação, é isso! Acho que todos os dias passamos por isso. Adaptamo-nos a novas rotinas, a novas pessoas, a novos contextos, a novas situações, a novas maneiras de pensar. Existem adaptações fáceis, outras mais difíceis. Passei por algumas bem recentemente, mas estou bem, talvez melhor do que nunca. A vida muda, as pessoas mudam, eu mudei. Mas sobretudo aprendi. É isso, prefiro pensar assim. Tudo na vida é uma lição, quanto mais não seja para da próxima não repetir os mesmo erros. E no meio disto tudo não disse nada mas escrevi, o que me faz feliz! Vou ali espreitar o facebook e já volto.. ;)

CRBV

13 de janeiro de 2011

Motoristas dos HF - Simpatia... ou não...

"TODA A GENTE SAI LÁ EM CIMA!" Tradução: toda a gente sai na última paragem!... Exclamado de uma forma bruta...

Começou assim a calorosa recepção numa das paragens do autocarro nº14. Que eu saiba quando um autocarro está a fazer uma viagem no sentido Centro-Álamos ele obrigatoriamente volta para trás, isto é, não fica estacionado no término da viagem. E, que eu saiba, e visto que depois de passarmos o passe a nossa viagem é válida durante 60 minutos, os passageiros podem não sair do autocarro na última paragem e descer em direcção ao Centro.. Pois hoje isso não foi o que aconteceu. Além de sermos mal recebidas logo à entrada, aquando da chegada à última paragem fomos praticamente expulsas, com o "simpático" motorista a fazer-nos gestos através do retrovisor. Como somos raparigas "bem mandadas" saímos do autocarro, olhamos para o horário da respectiva carreira e confirmamos aquilo que já sabíamos, o autocarro descia em direcção ao Centro dentro de 5 minutos, ou seja, não precisávamos ter saído... O motorista abre a porta para os passageiros entrarem e alguém comenta "isto até me dá vontade de rir", ao que o "simpático" senhor responde sarcasticamente "a mim também me dá vontade de rir... ha ha ha (riso excessivamente irónico)".

Como se não bastasse a simpatia do senhor, este ainda pratica uma condução extremamente descuidada. Buzina para tudo o quanto é carro que se lhe atravesse à frente, como se a estrada lhe pertencesse. E ainda se nega a abrir a porta a um passageiro que, estando relativamente perto da paragem e o autocarro parado no trânsito, queria sair. Até compreendo que os motoristas não possam abrir a porta sempre que apetece aos passageiros, mas podia abrir uma excepção e não ser tão rude.

Que comparação em relação ao Senhor Motorista (com letras grandes, porque o merece) que, no dia de ontem no término de uma carreira que tem uma vista muito bonita para o Funchal, muito simpaticamente nos sugeriu sair um bocadinho e tirar umas fotos, podendo deixar as nossas coisas lá dentro.

Gostava que as alterações não fossem feitas apenas nas carreiras mas também na forma como os condutores se portam e como falam com os passageiros. Contudo, que as mudanças nos condutores sejam para melhor, ao contrário das carreiras.. Mas isso, já são outros quinhentos...

10 de novembro de 2010

Eu sou.. Ele é..

"Eu sou muito alta, eu sou muito baixa, magra, sou gorda, queria ter olhos azuis, queria ter o cabelo assim, queria ter o nariz mais pequeno, uns lábios bem desenhados, a pele mais suave. Quero renovar o meu guarda-roupa. Não quero ajudar a mãe a fazer o jantar, não quero arrumar o quarto. Não quero ir a escola, o professor é chato"

"... obrigada pela vossa visita..  vou comprar um relógio desses.. ahhhhhhhhh... voces são muito lindas"
Foram palavras pronunciadas com algumas dificuldades, tal como as crianças que começam a formar as suas primeiras frases, por alguns adolescentes e adultos que fomos visitar na manhã de hoje. Uma visita que me fez pensar um bocadinho.

Penso que se eles conseguissem lamentar-se da sua vida eles diriam mais ou menos assim: "queria fazer uso das minhas mãos e comer sozinho.. queria conseguir olhar-me ao espelho e apreciar a cor dos meus olhos (quer sejam azuis, castanhos, verdes)... queria conseguir apanhar o cabelo porque simplesmente me incomoda ao fazer um desenho.. tenho fome e queria conseguir fazer uma sandes.. desejava ter uma professora que me acompanhasse a tempo inteiro e me ajudasse a desenvolver algumas capacidades, quanto mais não seja aprender a desenhar uma casa.. queria poder relaxar numa banheira sem a constante presença de alguém com receio de que me aconteça alguma coisa.. queria usar o vestido que tenho guardado há muito tempo e sair á rua sem que ninguém me apontasse o dedo por ser diferente.. ou queria simplesmente ter a "capacidade" de reclamar do meu corpo e da minha vida e ser mentalmente perfeito.

Eles têm mais de 18 anos. Parecem crianças. Alguns são completamente dependentes, não comem nem fazem a sua higiene pessoal sozinhos. Alguns conseguem dizer "olá". Outros não conseguem pegar num lápis. Alguns são um bocado agressivos.Outros chegam e simplesmente olham pra nós com o olhar mais ternurento do mundo, dão-nos um beijo na testa e abraçam-nos. Mas com um abraço que se sente que é verdadeiro. E aí é-me completamente impossível ficar indiferente. Porque aquilo que eles mais precisam é exactamente aquilo que eles conseguem transmitir com mais clareza: carinho. 

Tu que consegues ler isto, sabes ler, sabes escrever, conseguiste perceber este texto simples, e espero que percebas a mensagem: és perfeito? (a definição de perfeição é muito relativa, eu sei).. Pergunto de outra forma: estás insatisfeito com aquilo que és ou com aquilo que tens?

5 de novembro de 2010

O valor da hora


Será que chegamos á era em que os filhos precisam pagar pra ter atenção dos pais? :S

24 de maio de 2010

Um homem diferente...

É mais uma história comovente de alguém que não teve a sorte de nascer perfeito.. Embora não goste do nome que lhe é atribuído, aqui fica um vídeo que a mim fez-me pensar um bocadinho..


4 de abril de 2010

Eu e os outros...



Já não escrevo há algum tempo e hoje apeteceu-me escrever, mas não por uma boa causa.. Há dias que servem para fazermos uma auto-análise e ver o que está bem, o que está menos bem e o que precisa ser mudado.. Eu questiono-me : É possível nos prejudicarmos a nós próprios quando pensamos demais nos outros?.. E qualquer pessoa com o mínimo de bom senso responde:
Claro que sim!

O que acontece é que há pessoas que gostam de fazer sacrifícios para ver as pessoas à sua volta e de quem gosta FELIZ. É o meu caso... Contudo, quando chega aquele dia em que precisamos de um pequeno sacrifício da outra pessoa para que seja a nossa vez de sermos felizes, o que é que acontece? NADA.. Rigorosamente nada.. E porquê? Porque essa pessoa só pensa nela própria. Pois é.. São estas pequenas coisas que nos fazem querer mudar e deixar de ser tão "coração mole". E esqueçam aquela história do "querer é poder" porque as coisas não são assim. Existem coisas que por mais que desejemos não conseguimos mudar, não conseguimos apagar, não conseguimos enterrar.. Obviamente que falei de ALTRUÍSMO nesta espécie de desabafo que, para quem não sabe, é o "conjunto das disposições humanas (individuais e colectivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros (fonte: Wikipédia), e que não é mais do que, de uma forma um pouco exagerada mas de acordo com aquilo que às vezes sinto, sobrepor os interesses dos outros aos nossos, preocupando-se mais com eles do que connosco próprios. Isto é muito bonito, mas quando partilhado por todos e quando todos pensam um bocadinho nos outros, o que muitas vezes não acontece.. Quero prometer que vou tentar pensar mais em mim..

26 de dezembro de 2009

Momentos de leitura...

"Vou pensando em ti e em nós cada vez menos. embora te mentisse se te dissesse que não me lembro várias vezes. As coisas mais insignificantes ainda me trazem a tua imagem. Lugares onde estivemos, frases, ideias, músicas, cheiros, pequenos nadas que me levam até à memória do que fomos, memórias nas quais me deixo ir como se num barco que perdeu os remos. (...) Corria o mês de Junho, mas fazia um calor de Agosto, o que não evitou uma ataque de hipotermia quando me disseste que já não gostavas de mim. O frio que sentia foi apenas temperado com um pranto descontrolado; durante mais de duas horas chorei como uma criança perdida num lugar desconhecido e hostil"

"O tempo foi diluindo a tua presença na minha vida. Quem sabe um dia também dissolva a tua imagem da minha memória e eu consiga finalmente esquecer-me de ti. Não é o que quero, porém é que deveria fazer. Nunca somos donos do nosso coração. O meu não é meu, porque quando amo profundamente estou a dá-lo a outra pessoa. (...)

Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. Às vezes volta maior, se o amor foi feliz; outras, regressa feito numa bola de trapos, é preciso reconstruí-lo com paciência, dedicação e muito amor-próprio. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar do nosso lado."


in O dia em que te esqueci