3 de julho de 2009

Síndrome de Munchhausen

Uma vez que a minha inspiração tem andado ausente, apenas por motivos relacionados com "preguicite aguda", hoje falo-vos num síndrome do qual tomei conhecimento numa aula de Psicologia. Provavelmente não conhecem a doença, pelo menos à primeira vista e talvez devido ao nome.
Eu achei interessante e vou falar-vos dela de uma forma muito resumida.

Trata-se da Síndrome de Munchhausen, uma doença psiquiátrica, que de uma forma resumida consiste na simulação de sintomas de doenças, isto é, o paciente exagera ou cria sintomas com o objectivo de obter cuidados médicos e de enfermagem e receber atenção.

Em casos extremos, pessoas com esta síndrome têm um alto conhecimento sobre medicina e conseguem produzir sintomas para operações desnecessárias.

Qual a diferença entre a Hipocondria e esta Síndrome?

No que diz respeito aos portadores de Hipocondria estes acreditam que estão realmente doentes, enquanto que um portador da Síndrome de Munchhausen está plenamente consciente que não está doente e que apenas quer chamar a atenção.


A Síndrome de Münchhausen "by proxy" (por procuração)


Este é um tipo da Síndrome que ocorre quando um parente, na sua maioria a mãe (85 a 95%), simula, inventa, de forma intencional sintomas no seu filho, de forma a que este seja considerado doente ou até mesmo provocando uma doença, colocando a criança em risco e numa situação que requeira investigação e tratamento.
Esta simulação existe muitas vezes com o intuito de conseguir atençao do marido (no caso da mãe) ou apenas porque se sente protectora em relação ao filho e sente a necessidade de tratar dele, mesmo que para isso tenha que ser ela a causadora da doença.



Este tipo da Síndrome é considerada uma forma de abuso infantil, e pode ir desde uma simples simulação de constipação até
intoxicações com medicamentos e plantas e asfixia quase até á morte.



O comportamento é considerado como compulsivo, uma vez que que a pessoa é incapaz de abster-se desse comportamento mesmo quando conhecedora ou advertida dos riscos. Apesar de compulsivos os actos são voluntários, conscientes, intencionais e premeditados.



A doença é considerada uma grave perturbação da personalidade, de tratamento difícil e prognóstico reservado.